"A folha verde, amarela, perde a força e cai. Ao cair, transforma-se conforme a umidade do solo, do ar, do calor, à luz, à sombra... Este movimento a tornará húmus, pó. Assim, sem nostalgia nem suspiros ou lamentos, a folha recomporá o solo. No entanto, essa folha terá de enfrentar a possibilidade de ser levada pelo vento ou pelos pés de alguém, ou pelos passarinhos para seus ninhos... Alguns humanos perdem o direito às suas fases de transformação porque são levados por políticas, guerras, cataclismos, epidemias, tragédias outras... Nessa fase de quarentena da covid19, estamos como folhas secas que podem ser levadas pelo furacão sem nação."
(ADRIÃO, 2021) Publicado no Instagram @dias_de_espera.
Nasci em Santa Quitéria - Ceará, professora, doutorado em História Social (UFC) com tese sobre migração publicada pela NEA, algumas poesias publicadas em antologias organizadas pela Scortecci 2019 e 2020, gosto de escrever e da arte fotográfica.