As ninfas dançam sozinhas e isoladas do mundo efemero. De forma harmoniosa com a terra, simbolizam a vida, a feminilidade e o nascimento e em seguida, partem sem desejar qualquer crédito ou aplausos. Com formas humanas, mas com essências divinas e que transcendem a percepção mundana, sua ligação com a vida e com a terra são tão intensas que seu humor interfere na vida ao seu redor. Alegres, elas dançam em homenagem à terra em que pisam e as sementes abaixo do solo germinam em harmonia. Elas nunca se cansam e suas vestes se desfasem não resistindo à extensa, mística e vasto balanço de seus corpos. São uma representação da vida, da mãe natureza e da energia que está sempre em movimento, jamais se cansando e sempre se renovando
(ilustração inspirada no jogo russo chamado Pathologic)
abaixo, o video da pintura do zero com duas musicas também de minha autoria. Apesar do aspecto belo da dança, a ambientação além dos campos é cercada por um mundo que vem se tornando cada dia mais industrial, sombrio, mecanizado, automatizado, efêmero e distante, sendo assim, o aspecto místico, sombrio e ao mesmo tempo cabalístico e misturado a algo eletrônico e industrial se fundem na composição criando um cenário que simultaneamente celebra a vida mas traz à tona o incomodo do que vem logo a seguir.