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Violência Financeira

Violência Financeira
Helena Abel
ago. 6 - 3 min de leitura
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No que diz sobre violência contra mulheres, crianças e idosos pouco falada é a violência financeira, pois se dá de forma velada e nem sempre percebida por terceiros.

Segundo diversos sites, violência financeira é toda e qualquer prática por terceiros que visa se apropriar ilicitamente do patrimônio dos bens, salários ou rendimentos de uma pessoa.

Pois bem, de que forma se dá essa violência financeira?

Iniciando pelas crianças, há muitos casos em que as crianças são obrigadas a trabalhar desde muito cedo indo vender, pedir nas ruas e devem trazer o que arrecadam para seus progenitores que muitas vezes estão à espreita vigiando-as para não desviar do propósito.

Quando se vê tantas crianças em semáforos, nem sempre é sabido a realidade do qual ela vive e como não é de conhecimento das pessoas que estão em trânsito pelas ruas, não há como denunciar.

Passando para as mulheres, ainda há casos que mulheres que trabalham e tem que entregar todo o dinheiro para o marido, que mesmo trabalhando não permite que a esposa compre algo para ela e para os filhos.

Elas são obrigadas a se sujeitarem aos maridos e sem dinheiro não tem liberdade sequer para cuidar de si mesmas, comer o que desejam e até mesmo quando fica doentes ter tratamento adequado.

Quando elas pedem algo acabam por passar por violência física, psicológica deixando-as sem defesa alguma e a mercê de um tirano que as veem como propriedade.

O item IV do artigo 70 da Lei Maria da Penha deixa claro: “qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades” caracteriza violência patrimonial.

Chegando aos idosos, eis que nessa fase tanto homens, como mulheres sofrem esse tipo de violência que se dá dentro de casa, com a própria família.

A forma mais comum de violência financeira contra idosos são os empréstimos consignados ofertados pelos bancos que por taxa de juros menor, membros da família fazem uso dessa modalidade deixando muitas vezes os idosos sem renda alguma.

Segundo dados da Secretaria dos Direitos Humanos, das violências sofridas pelos idosos, a financeira é a terceira maior do Brasil, ficando atrás da psicológica e negligência.

Mas num país tão rico há outras formas de violência financeira, a má distribuição de renda é uma delas e que ainda aprisiona muitas pessoas e que há muito a ser pensado.

 

 

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