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O Pesadelo do Fim do Paraíso

O Pesadelo do Fim do Paraíso
Clávio Jacinto
jan. 26 - 1 min de leitura
010

Chegará o tempo em não haverá mais

 (Primaveras floridas)

A relva não mais chorará orvalhos

O céu não mais irrigará os bosques

Chegará o tempo em que as borboletas

(Não se apaixonarão pelos gerânios)

Haverá a ausência do néctar e perfumes

(Torrentes sem mel e o fim das borboletas)

Os pessegueiros e as cerejeiras Não mais florescerão

Chegará o tempo em que os homens

(Não sonharão com êxtase do cheiro de sândalo)

Nem contemplarão as rosas mais singelas

Não haverá mais fragrâncias no campo

Nem os rouxinóis cantarão nos rincões

Chegará o tempo da intensa escuridão sem estrelas

Os prados não serão alumiados por pirilampos

As estações estarão em ruínas e sem mananciais

As nozes não serão mais quebradas na mesa

Não haverá mais a sega do trigo

Nem as doçuras do abundante outono

O homem despercebido ceifou a esperança

Quando não preservou o jardim da sua existência

E tudo isso ocorrerá em breve,

Se em breve não ocuparmos o tempo

Em plantar as flores.

 

 

(Clavio J. Jacinto)

 

 

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