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Professor – um condutor de sonhos... mesmo com a pandemia

Professor – um condutor de sonhos... mesmo com a pandemia
Nilva Moraes Ferreira
out. 15 - 6 min de leitura
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Oh, Professor (a), quantas missões temos em apenas uma! E quão desafiadora e envolvente, apesar de tudo, esta nossa realidade, ainda, é! De tão “glamourosa”, muitas vezes, faz com que nos produzamos por inteiro (a), como mestre, como amigo (a) e até mesmo como pai e mãe. Que esperam, sempre, o melhor do (a) filho (a), quando vai para a escola, quando cresce e torna um (a) profissional respeitado (a); e possa ser independente, possa viver com dignidade, ter a sua profissão garantida e bem remunerada, etc. Assim, como disse Rubem Alves, esperamos “pela alegria que não mora no futuro, mas no agora”. 

Queridos (as) colegas, não é pequena a responsabilidade que assumimos e que depositam em nossos ombros! Carregamos o sonho de muita gente por todo o mundo a fora. E, conforme o contexto atual vai exigindo, necessitamos alterar nossos passos, ser um eterno aprendiz ou um verdadeiro artista, como muitos dizem, para saber lidar com tantas mudanças, que nem sempre estamos esperando e estão planejadas; que estão sujeitas ao imprevisível e ao inesperado. 

Como está sendo, agora, com  a prática, do ensino remoto, graças a tecnologia -  os professores não pararam, estão ministrando aulas, sejam elas ao vivo ou gravadas, por meio de videoconferência ou recurso similar. Mesmo enfrentando grandes desafios das mudanças abruptas,  os professores têm conseguido adaptar toda a dinâmica da sala de aula presencial para os ambientes virtuais. E isso, com certeza, embora, não tenha sido nada fácil, mesmo sem sair de casa, tem mostrado que somos capazes de enfrentar as mudanças com amor e persistência pelo que fazemos, sem perder a garra e a convicção de que o mundo não pode ficar sem nós, uma vez que, a maioria das famílias, ainda, não estejam preparadas para ocupar essa nossa missão.

Assim, continuarão contando sempre conosco, em todas as áreas, pois acreditam que só através do acesso à informação e do desenvolvimento da consciência crítica e aptidões intelectuais, a sociedade será capaz de viver melhor ou aplicar melhor seus conhecimentos na vida prática. Informação esta que exige da Educação um currículo cada vez mais humanizado, que possibilite aos educandos uma aprendizagem, cada vez, mais significativa – “baseada em problemas”, ou seja, projetos ligados a vida dos alunos, que sejam compartilhados entre eles e entre as escolas. 

Que seja interdisciplinar – que trabalhemos em equipe, com outros especialistas, a integração dos conteúdos, para ampliar a visão da realidade que, tantas vezes, aparece fragmentada. Usando dos talentos inatos e adquiridos, durante toda a vida profissional e acadêmica, e dos recursos que a escola dispõe, que nem sempre, ainda, é o ideal, para podermos inventar / criarmos as possibilidades de aprendizagem, para que haja melhor produção ou a construção do conhecimento pelo próprio aluno.

A Condição atual exige muito de nós, que preparemos um cidadão que tenha uma formação  crítica e reflexiva de seu papel na sociedade, que compreenda os problemas típicos de seu tempo, como: as questões relativas aos cuidados com o meio ambiente, as relações sociais e a própria sobrevivência, etc. Mas que seja também um bom especialista na profissão que cada um escolheu. E isso deve ensinar e aprender desde a mais tenra infância. 

Contudo, leitor (a), projetos para a valorização do professor e melhores condições de trabalho para o mesmo e alunos, ainda, não existem. Quem está na Educação sabe o tanto que nosso trabalho é árduo, mas muito pouco reconhecido pelos governantes. O currículo é cada ano mais extenso e a carga horária mais pesada. A maioria dos professores precisa trabalhar quase 12 horas por dia em duas ou três escolas, fora o tempo em casa para a preparação de aulas, correção de atividades e avaliações, e serviços diários de casa, uma vez que, muitas das professoras não podem nem pagar uma pessoa para ajudá-las. Por vezes, esticam o tempo de trabalho até altas horas da noite, com atividades diárias de casa/filhos ou revisão de trabalhos acadêmicos. Muitas, ainda, estudam. Só não alongam mais o seu tempo porque o corpo não aguenta.
 
Assim, vamos carregando sonhos; sonhos que já foram dos nossos pais, meus e também dos seus; sonho da maioria das famílias brasileiras. Sonho de quem não julga a educação perdida. Sonho de quem busca uma Educação, cada vez, mais inovadora, criativa e próspera. Sonho de quem espera para ensinar. Sonho de quem vai para aprender. Sonho de ensinar e aprender a ser. Sonhos de todos. 

Em fim, depois do sonho, vem sempre a realidade.  “Amanhã é outro dia”. Realmente, não saberemos o que está por vir; mas, se todos nós (professores e alunos) nos prepararmos mais, talvez, tenhamos mais sucesso. Como disse o escritor Antoine de Saint-Exupery de O Pequeno Príncipe: “O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. Os caminhos não são para ser encontrados e, sim, feitos. E a ação de fazê-los muda ambos, o fazedor e o destino."
          
Parabéns, professor (a), pelo nosso dia!
Parabéns, queridos colegas! 
Que sejamos, um dia, recompensados!


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