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O Tempo e a Realidade.

O Tempo e a Realidade.
Clávio Jacinto
dez. 9 - 3 min de leitura
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No silêncio daquela manhã, estava eu solitário entre as brumas do amanhecer, carregando dentro de mim pensamentos solitarios. A percepção daquela hora matinal era tudo o que tinha. A solidão e a simplicidade. A relva e  as paragens estavam misturada com a sinfonia dos pássaros que despertaram do tunel sonolencia. As flores silvestres foram irrigadas pelo orvalho, prados e campinas estavam vestidas de névoas. A paisagem era um mistério flutuando no momento. Sentei-me à beira do caminho, deixando o momento fluir infinitamente dentro de mim. Entre a terra e o céu, estava minha alma e o corpo que é o esconderijo dela, sendo bombardeado pelos toques de um coração que fazia minha respiração pulsar. É muito difícil você sair da esfera da mediocridade quando não enxerga verdades concretas por trás das ilusões de um mundo consumista. Aliás, a civilização distorce a realidade dando suma importância as coisas superficiais e passageiras. Lembrei-me de Max Picard, sua mensagem carregada do silêncio, as anotações estavam registradas dentro do meu coração. A fotossíntese das selvas dentro de mim agora eram primaveras de um descampado. O silêncio faz crescer as rosas da inspiração. O ser da alma move-se com mais intensidade quando estamos conectados com uma sobriedade versátil. Um sentido para a vida era tudo o que procurava naquela manhã, não apenas uma vida para viver, mas viver o amor através da vida. Porquanto, com as mãos vazias de coisas do mundo e os olhos cheios de tantas coisas que me pertencia de modo diferente, não pela via das posses materialistas, mas pelo desapego que me levava para dentro de outra forma de possuir as coisas pelo coração, sem ser escravo delas. Assim percebia, que o universo era meu, tinha a liberdade de ir até onde meu coração alcançava, com a lâmpada da fé acesa em toda a sua intensidade, revelava que Deus estava presente entre as montanhas e os vales, e o vento era o regente que trazia a sinfonia de todas as coisas. Era o momento da realidade nua, as profundezas da simplicidade mostrava que é impossível a experiência da mediocridade, quando o núcleo da vida  é amor verdadeiro as coisas simples. A felicidade é possível para todos os homens, mas a maioria prefere ser escrava das coisas que prometem a falsa felicidade. Só então despertando-me dessa manhã celebre, resolvi não mais retornar pelos caminhos das ilusões da vida.

 

Clavio J. Jacinto


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